Ainda sinto a força daquelas palavras da primeira leitura, do livro do Apocalipse:
"Estava para ser mãe e gritava com as dores e ânsias da maternidade. E apareceu no Céu outro sinal: um enorme dragão cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e nas cabeças sete diademas. A cauda arrastava um terço das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra. O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe, para lhe devorar o filho, logo que nascesse. Ela teve um filho varão, que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro."
Os gritos dessa mulher são os nossos próprios gritos perante a dor e o sofrimento. O dragão é o mal que nos rodeia, o mundo que não nos compreende. Mas no fim não é o dragão que vence mas sim esse Menino que Maria ariu como qualquer outra mulher. Sim, porque Maria é uma de nós que teve a graça de ser escolhida para mãe do Salvador. Ela foi a primeira a acreditar, contra todas as expectativas. Nós, mesmo depois de 2000 anos continuamos a duvidar. Quantas vezes somos o dragão do Apocalipse que quer devorar o Menino para não escutar a Sua mensagem de amor?! Que eu consiga olhar para Maria como uma mulher exemplar, que foi a primeira cristã e acreditou sempre, mesmo nas dificuldades, no sofrimento, na dor, na surpresa, no silêncio do seu coração. O Filho tornou-a numa mulher priveligiada que caminha à frente dos cristãos, homens e mulheres, para lhes mostrar o verdadeiro significado da fé: "Fazei o que Ele vos disser!".
Por Jesus, Maria foi elevada aos céus onde vela e intercede pelos homens e onde espera por nós!