quinta-feira, 31 de maio de 2007

Deus presente na minha vida



Em cada dia que passa vou tendo uma certeza, cada vez mais forte, da presença de Deus. Ontem reuniram-se uma série de acasos que contribuíram para que eu vivesse momentos especiais. Momentos esses que, olhados com os olhos da fé, só podem ser a prova de que Deus age na minha vida. Qual seria a probabilidade de eu me encontrar, ontem, em Lisboa na mesma zona onde se encontrava aquela pessoa com que eu precisava de conversar? É que nenhuma de nós está, habitualmente. naquele local! E como foi bom dar ânimo a quem estava desmotivado para seguir em frente! Ontem senti que aquilo que dou gratuitamente me é devolvido por Deus em muito maior quantidade! Não falo de bens materiais mas sim espirituais. Ao perder o medo de me dar em alimento aos outros, sou amplamente recompensada pelo Senhor. Tudo aquilo que fazemos por amor ao próximo é a Deus que oferecemos. O meu dia de ontem foi um somatório de felizes acasos mas o acaso, na realidade, não existe. Acaso é o nome de Deus quando não quer assinar. Só é preciso reconhecer a sua "assinatura"

domingo, 27 de maio de 2007

Deus Criador


"Deus criou, segundo as suas espécies, os monstros marinhos e todos os seres vivos que se movem nas águas, e todas as aves aladas, segundo as suas espécies. E Deus viu que isto era bom. (...) Deus fez os animais ferozes, segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra, segundo as suas espécies. E Deus viu que isto era bom." Gn 1, 21.25


Uma das minhas maneiras preferidas de rezar é através da observação da natureza. Encontro Deus na mais singela das flores, nas nuvens brancas do céu ou nas ondas do mar. Ontem, encontrei Deus nas aves aladas, nos animais ferozes e nos répteis da terra e percebi porque é que Deus viu que era bom. Fui visitar o Zoo de Lisboa. Vi Deus nos macaquinhos irrequietos, nos leões, nos jaguares, nas suricatas, nas aves coloridas, nos encantadores golfinhos e até nas iguanas e nas cobras. É impressionante como o poder de Deus tem imagens tão diferentes. Está presente no voo da águia, nos saltos do golfinho mas também na alegria das crianças e dos jovens da catequese que levámos a passear ao Zoo. Foi um dia diferente e espectacular.


Ainda bem que não deixaram morrer o Jardim Zoológico de Lisboa. Fiquei agradavelmente surpreendida quando vi que há inúmeras empresas que apadrinham os animais do Zoo bem como muitas pessoas a nível particular. Felizmente que ainda há quem se preocupe permitindo que continuemos a descobrir a beleza da criação de Deus no meio do bulício de uma cidade como Lisboa. Obviamente que não é só preservando os Zoo do mundo que se conserva a natureza. É preciso fazer mais. É preciso diminuir a poluição, travar a destruição dos habitats naturais de cada espécie, parar com a captura dos animais selvagens, fiscalizar a comercialização de animais selvagens... Com estas e outras acções podemos tornar o mundo melhor para todas as criaturas que o habitam!


Ah e parabéns ao Jardim Zoológico que faz, esta semana, a respeitável idade de 123 anos! Que continue a existir por muitos mais anos!

sábado, 26 de maio de 2007



O Amor e o Tempo ...

Houve um tempo em que numa ilha muito pequena, confundida com o paraíso, habitavam os sentimentos como habitados hoje na Terra.
Nesta ilha, viviam em harmonia o Amor, a Tristeza, a Sabedoria, a Vaidade, a Alegria, a Riqueza e todos os outros sentimentos.
Um dia, num desses em que a natureza parece revoltar-se, o Amor acordou apavorado porque sentiu que sua ilha estava sendo inundada.
Mas esqueceu-se logo do medo que sentia e cuidou para que todos os sentimentos se salvassem.
Todos correram e pegaram seus barcos e fugiram para um morro bem alto, de onde poderiam ver toda a ilha sendo inundada mas sem que corressem perigo.
Só o Amor não se apressou , o Amor nunca se apressa.
Ele queria ficar um pouquinho mais em sua ilha.
Mas, quando já estava quase se afogando, o Amor lembrou-se que não poderia morrer.
Então correu em direção aos barcos que partiam e gritou por socorro.
A Riqueza, ouvindo seu grito, tratou logo de responder que não iria levá-lo, pois com todo o ouro e prata que carregava temia que seu barco se afundasse.
Passou então a Vaidade que também não poderia levá-lo, uma vez que ele, o Amor, se sujara por demais ajudando os outros e ela, a Vaidade, não suportava sujeira.
Logo atrás da Vaidade, vinha a Tristeza, que sentia-se tão profunda que não queria a companhia de ninguém.
Passou também a Alegria, mas esta, tão alegre estava, que não ouviu o pranto do Amor.
Sem esperanças, o Amor sentou-se na última pedra que ainda se via sobre a superfície da água e começou a minguar.
Seu pranto foi tão triste que chamou a atenção de um velhinho que passava com seu barco.
O velhinho apanhou o Amor em seus braços e o levou para o morro alto, junto aos outros sentimentos.
Recuperando-se, o Amor perguntou à Sabedoria quem era o velhinho que o ajudara , quando esta lhe respondeu...
- O Tempo ...
O Amor questionou: - Por que só o Tempo pode me trazer aqui?
A Sabedoria então lhe respondeu: - Porque só o Tempo tem a capacidade de ajudar o Amor a chegar aos lugares mais difíceis!
(Reinilson Câmara )

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Na estrada de Jericó...







Na estrada de Jericó, um homem caiu ferido. Muitos passaram por ele, muitos que tinham a obrigação de o ajudar mas nada fizeram. Apenas um samaritano se aproximou para lhe cuidar das feridas. Este é um pequeno resumo da parábola do bom samaritano que Jesus contou aos homens do seu tempo para lhes ensinar o significado da palavra "misericórdia". Há dois mil anos era assim mas, infelizmente, esta parábola não está tão desactualizada como poderia parecer. Quantas são as situações em que viramos a cabeça para não vermos as chagas e os sofrimentos dos outros? No entanto, hoje vivi uma situação em que houve muitos samaritanos. Alguém caiu inconsciente e poucos viraram a cara. Foram mais aqueles que tentaram ajudar. Ser cristão é sentir misericórdia por todos mesmo por aqueles que não se conhecem. Afinal é possível viver num mundo melhor...

terça-feira, 22 de maio de 2007

O melhor do mundo são as pessoas






No meu dia a dia estou rodeada de pessoas. O meu trabalho depende da interacção com as pessoas. A maneira como nos relacionamos com as pessoas pode tornar o nosso dia melhor ou pior. Um dia, numa formação, surgiu a frase "comportamento gera comportamento". Parece um lugar comum mas é uma verdade que muitas vezes esquecemos. Se somos simpáticos e cordiais recebemos simpatia e cordialidade mas se, pelo contrário, somos agressivos é mais que natural que o outro reaja com agressividade. Quando se trabalha com pessoas temos que ter isto sempre presente mas em qualquer situação da vida é importante não esquecer que a maneira como nos comportamos vai condicionar a maneira como os outros se vão comportar connosco.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

O que é que podemos fazer para tornar o mundo melhor?

Todos os dias, quando ligamos a televisão, somos invadidos por notícias terríveis, por tragédias, por desgraças. E não é só através da televisão que tomamos contacto com aquilo que vai mal. Se olharmos atentamente à nossa volta encontramos, por vezes, tantos males como os que a comunicação social nos traz. A atitude mais habitual é olharmos para o nosso umbigo porque o mundo é mesmo assim e nós somos insignificantes demais para o tentarmos mudar. Mas será que não há mesmo solução? Se fossemos capazes de levantar a cabeça para olhar à nossa volta!
Um dia passei por uma experiência tão profunda da presença de Deus na minha vida que me foi difícil aceitar que nem todos sentiam o mesmo que eu. Regressei dessa experiência (chama-se convívio fraterno) com uma vontade imensa de mudar o mundo. Como é óbvio não levei muito tempo a descobrir que iria ser mais difícil do que parecia. Senti-me desiludida comigo mesma e com os outros mas alguém me disse que a melhor maneira de mudar o mundo era começar por me mudar a mim, mudar a minha maneira de me relacionar com os outros e mudar as características da minha personalidade que me impediam de chegar aos outros. Se nos modificarmos podemos mudar o pedacinho de mundo que nos rodeia e assim tornar o mundo, nem que seja só um bocadinho, melhor!